segunda-feira, 30 de abril de 2007

"Ainda falta muito?"



8-9-10... 14 da tarde... Gente à pinha num corredor estreito, respirando um ar já viciado que denuncia doença e mal estar. Um pequeno inferno de caos e horror onde certamente não gostariamos de estar. Para o comum dos mortais, é esta a visão de um serviço de urgências. Para quem lá trabalha não é muito diferente...


Rezamos para que ninguém se magoe e que decidam ir ao centro de saúde antes de passarem pelas urgências. Mas nem o nome de santo com que batizaram o hospital ajuda à prece...


E, assim, passamos o dia a ver e ouvir pessoas que ficam irritadas por não serem atendidas no tempo que consideram útil, que lançam olhares fulminantes e súplicas maldispostas para quem vêem mais frequentemente e consideram mais frágil, e idolatram a figura tantas vezes autoritária que os faz (frequentemente) esperar tanto tempo.


Até nos serviços de saúde há uma certa "paternalidade" dos cuidados: estamos chateados com o pai mas resmungamos sempre com a mãe, que não tem culpa nenhuma do cenário dantesco da coisa. Mas o herói é sempre o pai...


E que tal se nos começarem a dar uma "folga" nesta carga de intensidade emocional? Porque é quem está mais perto das pessoas doentes é que come sempre por tabela?


Enfim... talvez estivesse na hora dos serviços de saúde passarem por uma abordagem mais "Feng Shui", com vista a diminuir as tensões acumuladas dos seus clientes e profissionais.


Eu cá voto por sessões de massagens (ou qualquer terapia alternativa) gratuitas para profissionais e estudantes de enfermagem...


Mas enquanto isso não chega, resta engolir em seco e sorrir, respondendo educada e polidamente. Afinal, o cliente tem sempre razão... E, por isso: "Aguarde mais um pouco, o resultado dos exames deve estar a chegar"...

sábado, 28 de abril de 2007

3 minutos


Ouço a tua voz profunda
Balsamo da minha vida
Saturada e perdida
Na imensidao de um vazio


Não me aquece quando chega o frio
Não me alimenta se tenho fome
A salvação nas mãos de um homem
Que nem sequer sabe se existo


Um sentimento que é misto
Entre o desespero e a esperança
De ser apenas uma lembrança
A apagar pelo tempo ruim

Compreendo que seja assim
A diversão plena de um Deus
Com desígnios tão seus
Que não os vejo claramente

Mas não é assim tão deprimente
Este tão incerto caminho
É apenas o meu destino
Que a cada passo desenho.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Pensamento do dia

Por favor lembrem-me que preciso de comprar uma impressora mais rápida... Isto começa a ser desesperante (principalmente em módo: alta qualidade).

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Argh

Cansaço... Apenas isso... O eterno cansaço de se sentir que não se goza a vida o suficiente. A frustração que as poucos se instala por não se conseguir descobrir a "adrenalina" na nossa vida. Acreditar que, a cada dia que passa, os ossos e o coração ficam um pouco mais carcomdos por se caminhar num sentido que não o que deveras gostariamos. Mas, simultaneamente, não saber lá muito bem qual é esse caminho...
Bolas, mas porque é que às vezes a única coisa que resta é mesmo esperar?

segunda-feira, 16 de abril de 2007

feeling good

E para não dizerem que eu não sou amiga, aqui fica uma das músicas...

À partes


Há momentos em que escolhemos determinadas músicas da longa lista apresentada no pc sem saber bem a razão. Foi o que me aconteceu hoje: decidi (inconscientemente) inundar-me pela voz profunda aveludada e algo amarrotada de Nina Simone.

É difícil explicar o que acontece quando ouvimos jazz ou blues (isto para quem gosta, é claro). A sensação de ter a alma suspensa algures, e de ser levada numa estranha dança de vidas, de passado; imagens de campos de flores; o cheiro a terra quente, a verão; a brisa que toca a pele quando andamos de bicicleta; o conforto de um abraço que não sabemos bem de onde vem...

Enfim... A vida pode ser muito mais que os sentidos, mas quem deles se esquece em cada dia, fica certamente mais pobre...

sábado, 14 de abril de 2007

SORROCO


Há dias em que acho que teria jeito para detective... Sem muito esforço consigo encontrar a informação que andava à procura, quase do anda. Mas mais valia que não o fizesse.

"Não faças perguntas para as quais não queres saber a resposta.", disse-me um dia um actual "X-B" (AKA ex-gajo). Cada vez mais começo a achar que o tipo tinha razão. Ele e a Alanis Morissette com um dos hits do seu primeiro albúm, a música "Ironic".

Sim, talvez não estivesse a passar por este suplício interno se não tivesse dado asas à minha curiosidade, mas... Seria preferível o doce sabor da ignorância? Não faço a mínima...

Fica, no entanto, a nota: quando acharem que algo ou alguém é demasiado bom para estar a acontecer, pensei sempre na hipótese de haver algum defeito escondido ou da pessoa ser "propriedade" efectiva de alguém com mais sorte que vocês...
P.S. - Obrigada Homer por traduzires o meu estado de espírito. Valeu, heim...

sexta-feira, 13 de abril de 2007

O Ataque das Broas Assassinas


Está provado pela santa experiência que as dietas são o terror de qualquer mulher que se prese. Aliás, mulher que é mulher vive insatisfeita com o seu peso, as formas corporais, a celulite, as estrias, a "tipa-da-revista-que-é-podre-de-boa-que-só-m'apetecesse-desfazê-la-à-unhada", e uma outra data de coisas mais ou menos relevantes consoante a cabeça feminina. Para mal da minha sanidade mental e equilíbrio pacífico com a humanidade e arredores, faço parte desse (não) restrito grupo de personalidades femininas.
Não sou nenhuma monstra, é certo. Mas digamos que ainda não morro de amores pela actual embalagem do produto "Euzinha". Digo ainda porque faço intenção de mudar o estado actual das coisas... Sim, ainda vou ser grande... quer dizer, pequena, que o que interessa é o tamanho da roupa e não a grandiosidade do acto que estava a tentar descrever.

Continuando...

Acontece que ontem a minha querida tia Quinhas resolveu preparar algo que me desviou do meu caminho e propósito: BROAS DOCES. Enquanto guiava da casa dela à minha, o cheiro doce e pungente das ditas cujas atacava-me o bulbo olfactivo sem dó nem piedade... Sentia-me derrotada face à perspectiva de tão saboroso manjar. Confesso, caí em tentação e não lhes resisti. Claro que se disser "Foi a última vez, agora é que vai for: nem uma colher de açúcar para mim!" a maior parte de vós não acreditará. Nem sei bem se eu mesma acredito... =S

De qualquer forma, o que tem de ser tem muita força, há que caminhar para a frente, e eu não estou a dizer coisas com muito nexo... Mas pronto, darei o meu melhor para acabar com esta penúria de espelhos e lojas de roupa sem coisa de jeito para o meu formato corporal sui-generis.

Enfim... a ver vamos e "nos entretantos" ponho-vos ao corrente desta história de sangue, suor e gordura nas coxas...