terça-feira, 29 de maio de 2007

Remexido, revirado e reeditado

Por altura do equinócio de Outono, nasceu um dia uma mulher modelada pelas mãos dos deuses do Olimpo. Na carne, colocaram-lhe um pedaço do céu (para que todos vissem mas só os escolhidos pudessem alcançar); o espírito, dotaram-no de força e de mudança (para que vivesse em pleno vento e fosse indomável).
Sem obedecer aos padrões de beleza angelical e etérea, não se instalou nela a quietude. O corpo não é frágil nem delicado (ao contrário da alma), mas robusto e arredondado. No entanto, isso não lhe diminui a agilidade, a rapidez ou a leveza, quando se deixa arrastar pelo som de uma música, seja tango, bossa-nova, jazz, étnica ou balada; todo o ela se move, todo o ela desliza, todo o ela se mexe como que sob o poder de um incontrolável feitiço. As mãos não são pequenas e delgadas; são, antes, grandes, de dedos compridos, de feitios vários e de pele já espessa, experimentada. Estranhamente, o modo como tocam é de uma estranha suavidade, como se já tivessem nascido ensinadas e os seus movimentos fossem predeterminados. Os olhos vivos, ovalados, de um castanho líquido indefinido, penetram na nossa alma sem pedir licença e sem que consigamos resistir à sua sinceridade e candura. Os cabelos parecem os de uma criança irrequieta, nómada e semi-selvagem: compridos, castanhos-escuros (os reflexos nos diferentes tons das folhas das árvores quando caem), de caracóis permanentemente desalinhados, como se tivesse sido sacudida por um vendaval. Na boca, os lábios tornam-se rosas de um rubro intenso, acabadas de abrir aos primeiros raios de sol matutinos.
O perfume que dela esvoaça é uma mistura cheiros, um inexplicável turbilhão de aromas: especiarias orientais (canela, caril, gengibre, cardomomo), frutos silvestres (amoras, mirtilos, framboesas) e plantas aromáticas (rosas, giestas, alecrim, feno…). O tom da voz, altera-o ao sabor da vontade, entre a serenidade e a impetuosidade dos sentimentos. O timbre, ora grave, ora agudo, ora rouco, ora dramático, ora alegre e cristalino, oscila segundo o ânimo de quem o possui. O sorriso, bem, esse ilumina-lhe o rosto mal o deixa escapar. É como se as luzes de um palco para ela se virassem, sem ofuscar nem levar a que permaneça na penumbra.
Mulher enguia, escorrega por entre os dedos, é fugidia. Mistura-se na multidão, escondendo-se, e ninguém se apercebe da sua presença. Apenas o olhar treinado sabe onde a encontrar: sentada, abandonando-se a si própria, de olhos postos no mar, fixos, tentando decifrar o sussurro e o murmúrio das ondas. Espera, assim, escutar os conselhos e as respostas dos mesmos deuses que a dotaram de vida.
Esta mulher não se cinge à simplicidade de um objecto qualquer; nunca poderá ser controlada ou presa numa jaula para ser domesticada. É uma fracção da natureza, condensando toda imprevisibilidade que lhe é característica, todo o poder da transformação e inconstância, na procura de um equilíbrio e de uma adaptação quasi-perfeita com o que a rodeia.
Mulher complexidade, antagónica e inexplicável. Mulher encantamento, de misticismo e oculto. Mulher tenaz, gentil, independente, inconvencional, mutável, dedicada, psíquica, intensa e viciante. Mulher que reúne em si particularidades de todas as representações numerológicas – Monad (1), Duad (2), Tern (3), Quaternion (4), Quincunx (5), Hexad (6), Septenary (7), Octad (8) e Nones (9) – e que se expressa um pouco em todos os arquétipos de deusa.É esta a centelha da vida: a acidez de maldição na mais doce tentação, em que apenas o amor (no seu impulso de paixão e ausência de explicação) poderá revitalizar e dotar da graça que lhe é devida.

Remexido e revirado


Hoje decidi tirar algo do baú, e partilhar com a pequena mas simpática comunidade que vai lendo as actualizações dete blog... Para todos voces a nova secção: trapos, fantasmas e teias de aranha.


«Queria dizer que te amo, que quero ficar contigo. Que não queria que te afastasses, que quero que fiques comigo, sem tempos pré determinados, sem barreiras ou medos
Queria que estivesses sempre a meu lado e que eu estivesse ao teu lado. Queria que a minha presença te fizesse feliz, queira que o pensamento da minha presença te deixasse feliz. Queria fazer de cada um dos momentos que passamos juntos os melhores que alguma vez tiveste. Queria ser uma espécie de borracha, capaz de apagar toda a mágoa ou dor ou pelo menos ajudar-te a mitiga-la. Queria que me quisesses como parte da tua vida. Queria que sentisses como fico feliz quando estás por perto e cm o meu mundo ganha um colorido diferente. Queria que soubesses como és importante para mim, ao ponto de ser inundada pela saudade assim que te vais. Queria que percebesses a dor que sinto quando pressinto que algo não está bem contigo e o quanto me magoa pensar que o teu distanciamento tem alguma coisa a ver comigo, c algo q fiz ou não. Queria que conhecesses as imagens que pinto de uma alegria que pode ou não acontecer. A incerteza do futuro é, estranhamente, algo certo. Mas acalento a esperança de que seja um bom futuro, e acarinho esse sentimento, tal como acarinho o de ser uma boa profissional ou de ser boa mãe ou boa amiga. Queria que percebesses que não me importo de viver na escuridão desde que sinta o calor dos teus dedos na minha mão. Sinto-me bem ao teu lado, não sei porquê mas é essa a verdade. E não imaginas a sensação de orgulho e preenchimento que se apodera de mim quando de alguma forma via nos teus olhos a felicidade de me teres a teu lado, e mostrares isso aos teus amigos.
Queria que te apercebesses dos arrepio que me percorrem o corpo, descontrolados, eléctricos, de cada vez que penso em ti ou ouço as tuas musicas ou te vejo… As sagradas formigas na barriga que se perpetuam por um tempo indeterminado. Sem mistérios ou capas ou segredos. Esta sou eu, despida das minhas protecções, confiando em ti, sem estratagemas complicados ou labirintos intrincados. Eu sou mesmo assim, falo pelos cotovelos, faço filmes e desenhos complexos… mas em mim é natural, é automático. Não tem nenhum tipo de artificialismo ou racionalização. Escrevo o que sai. O que vem à cabeça, sem me preocupar se o sentido de todo este texto tem uma organização metódica.
Queria que me deixasses enxugar as lágrimas que algum dia escorreram pelos teus olhos. Queria que, por momentos, me deixasses ser uma espécie de fada, cheia de magia e encanto na sua leveza etérea, que me deixasses lançar sobre ti a minha protecção, agitando a varinha e transformando em amor tudo o que era mau: rancor, raiva, ódio, dor…
Meu amor, hoje escrevo de coração aberto, certa de que um dia poderás ler isto. Escrevo para que conheças a verdade integral, em cru, mesmo que de alguma forma ela te possa magoar. Eu brinco com o fogo.
Tu andas preso, perdido nos teus pensamentos. Eu ando à deriva, sem saber muito bem onde te encontrar. Assim, testo-me, tentando perceber quem é o dono do meu coração e comanda os meus sentimentos. Tentando perceber se posso ou não esperar todo o tempo que queria e a que me estava a disponibilizar por ti, se quero realmente sofrer com o teu silêncio na esperança que um dia tudo fique bem e eu possa descontrolar-me de novo na tua presença, cobrindo-te de beijos e carinhos.
Meu doce amor, só queria que soubesses como és importante para mim. Queria que soubesses que o passado não importa. Deixa-o ir… há apenas o agora e por isso podes liberta-te do que não te deixa ser feliz… Eu estou aqui e já nada te poderá fazer mal

sábado, 26 de maio de 2007

A Ressaca do açúcar

Andava eu hoje com cefaleias e estado de irritatividade em ponto de rebuçado, quando me dei conta que isso tudo era falta de açúcar. Pois é, toda a gente fala no síndrome de abstinência alcoólica, sexual, drogas ou sexo... mas porque é que ninguém fala na "fúria do açúcar", ou melhor, na "fúria por falta de açúcar"?
Sim, voltei a ter um regime alimentar regrado. Perdi a conta ao número de vezes que prometi a mim mesma que levaria a dieta a sério, assim como o número de nutricionistas, médicos de clínica geral ou especialista que frequentei... De qualquer maneira, o simples facto de sentir a "pressão" para demonstrar resultados é uma forma encorajadora de levar isto adiante. Para além disso, acabei por me mentalizar que a minha genética determinou que se eu não tiver cuidado me posso tornar, efectivamente, numa espécie de bola... A tendência para o excesso de peso e para a obesidade é algo que me acompanhará sempre, tal como uma doença crónica. Por isso, há que meter na cabeça que quem manda aqui sou eu, e não a minha boca, e que acima de ideais de beleza, é uma necessidade de saúde.
Só que a verdade é: quando o corpo se habitua a determinados níveis de açúcar (tomando açúcar como o resultado da comida com que por vezes nos atestamos e que não é propriamente saudavel), é difícil fazer a desabituação. Pelo menos eu sinto efeitos secundários... ainda não passei por alucinações visuais e auditivas, mas fico com temuras, suores, enjoos, irritabilidade, letargia... Enfim, uma verdadeira ressaca.
Vamos lá ver se consigo sobreviver a esta prova.

P.S. - último nível - centro de saúde. daqui a 2 meses, deixo de ser estudante e passo a ser... outra coisa qualquer.

sábado, 12 de maio de 2007

Paolo Nutini - Last request - TOTP

Qualquer coisa de... indescritível

Prosa em verso

Não sei no que acreditar da vida
A não ser na esperança de que há nela coisas boas.
Não sei o que esperar dos próximos dias
Excepto, talvez, aquilo que sempre esperei:
acordar e saber que nada mudou.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Memórias do cortejo

O melhor de sempre através das rédeas do pony... :)


Cavalgando no meu pony, no meu velho e belo pony, cavalgando no meu pony assim reza a lenda...


Frente frente frente, eheheh

Lado lado lado, eheheh

Trás trás trás, eheheh


Assim reza a lenda

segunda-feira, 7 de maio de 2007

FIM DE LINHA

Todos os fins são o aviso para um princípio... Foi com a sensação de ter perdido muito e estar à beira de um abismo que ontem tive a "minha" missa da benção das pastas e imposição de insígnias... Bem, não foi mau, espero que me entendam, mas foi no mínimo estranho e surreal.
Arrrepiava-me de cada vez que pensava que naquele dia era eu a estrela, não me sentia como tal. Mas era impossível deixar de sentir a magia que se apoderava do ar de cada vez que os fitados todos, em conjunto, agitavam as suas pastas... O estádio cheio... E a minha alma... Sei lá como ela estava. Parecia que nada fazia sentido e que parte da minha vida me tinha passado ao lado. Maldito período de monumental estupidez pelo qual passei... Não cultivei laços, nem amizades nem criei raízes, por isso não era de admirar que tudo aquilo me dissesse... menos do que eu queria que dissesse.
Foi tão estranho... Não me sentia alegre nem triste, era como se estivesse num plano à parte de tudo aquilo. Talvez fosse dos sapatos que me estrangulavam e matavam e me davam vontade de chorar de tanta dor... Ou do meu pai enternamente mal disposto e a mandar bocas... Enfim.
Amanhã é o cortejo. Espero que então toda esta angústia por não me estar a divertir verdadeiramente se desvaneça. Nem que para isso recorra a métodos menos convencionais de gás hilariante e vinho do Porto.
Viva a QUEIMA, agora e para sempre.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Ai, ai...

Quando eu era pequena detestava aquelas coisas todas de menininha: vestidos, laçarotes, sapatos apertados e andar arranjadinha... O meu herói era o Zorro e detestava tomar banho (até entrar para a banheira claro). Um dia a minha mãe disse-me: "sonhos cor-de-rosa", e eu achei aquilo uma estupidez. Não conseguia imaginar um mundo inteiramente rosa, dava-me náuseas. Então disse-lhe "cor-de-rosa não... Da cor do arco-íris". E ela fez-me a vontade... De então para diante todos as minhas despedidas nocturnas passaram a ser com expectativas de sonhos mais coloridos que monocromáticos.
Provavelmente esta nota introdutória nada vos diz... Não me levem a mal, adoro cor de rosa, mas a ideia de que tudo seria igual (com excepção de tonalidades) é demasiado estranha... Falta cor à vida, confesso que falta cor à minha vida... Tudo é demasiado cinzento, carregado e sombrio. É preciso sombra, e é precisa luz.
Luz nas pessoas, que se tornaram carrancudas e embirrentas, que se "insultam" mesmo na brincadeira, sem saber como isso pode magoar e "ferrar" a outra pessoa. Falta esperança, vontade de lutar por ideais e não apenas por desejos próprios...
Às vezes dou comigo a ver fotos, paisagens, a escutar risos e gargalhadas e a sentir-me no topo... E sinto que há algo mais que isto, que o quotidiano tristonho e moribundo de quem entrou na rotina. É certo que também saimos dela... Mas não seria mais certo se não vivessemos nela? Se não vivessemos dela?
São coisas que me lembro, e exalo os suspriros em forma de texto...

segunda-feira, 30 de abril de 2007

"Ainda falta muito?"



8-9-10... 14 da tarde... Gente à pinha num corredor estreito, respirando um ar já viciado que denuncia doença e mal estar. Um pequeno inferno de caos e horror onde certamente não gostariamos de estar. Para o comum dos mortais, é esta a visão de um serviço de urgências. Para quem lá trabalha não é muito diferente...


Rezamos para que ninguém se magoe e que decidam ir ao centro de saúde antes de passarem pelas urgências. Mas nem o nome de santo com que batizaram o hospital ajuda à prece...


E, assim, passamos o dia a ver e ouvir pessoas que ficam irritadas por não serem atendidas no tempo que consideram útil, que lançam olhares fulminantes e súplicas maldispostas para quem vêem mais frequentemente e consideram mais frágil, e idolatram a figura tantas vezes autoritária que os faz (frequentemente) esperar tanto tempo.


Até nos serviços de saúde há uma certa "paternalidade" dos cuidados: estamos chateados com o pai mas resmungamos sempre com a mãe, que não tem culpa nenhuma do cenário dantesco da coisa. Mas o herói é sempre o pai...


E que tal se nos começarem a dar uma "folga" nesta carga de intensidade emocional? Porque é quem está mais perto das pessoas doentes é que come sempre por tabela?


Enfim... talvez estivesse na hora dos serviços de saúde passarem por uma abordagem mais "Feng Shui", com vista a diminuir as tensões acumuladas dos seus clientes e profissionais.


Eu cá voto por sessões de massagens (ou qualquer terapia alternativa) gratuitas para profissionais e estudantes de enfermagem...


Mas enquanto isso não chega, resta engolir em seco e sorrir, respondendo educada e polidamente. Afinal, o cliente tem sempre razão... E, por isso: "Aguarde mais um pouco, o resultado dos exames deve estar a chegar"...

sábado, 28 de abril de 2007

3 minutos


Ouço a tua voz profunda
Balsamo da minha vida
Saturada e perdida
Na imensidao de um vazio


Não me aquece quando chega o frio
Não me alimenta se tenho fome
A salvação nas mãos de um homem
Que nem sequer sabe se existo


Um sentimento que é misto
Entre o desespero e a esperança
De ser apenas uma lembrança
A apagar pelo tempo ruim

Compreendo que seja assim
A diversão plena de um Deus
Com desígnios tão seus
Que não os vejo claramente

Mas não é assim tão deprimente
Este tão incerto caminho
É apenas o meu destino
Que a cada passo desenho.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Pensamento do dia

Por favor lembrem-me que preciso de comprar uma impressora mais rápida... Isto começa a ser desesperante (principalmente em módo: alta qualidade).

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Argh

Cansaço... Apenas isso... O eterno cansaço de se sentir que não se goza a vida o suficiente. A frustração que as poucos se instala por não se conseguir descobrir a "adrenalina" na nossa vida. Acreditar que, a cada dia que passa, os ossos e o coração ficam um pouco mais carcomdos por se caminhar num sentido que não o que deveras gostariamos. Mas, simultaneamente, não saber lá muito bem qual é esse caminho...
Bolas, mas porque é que às vezes a única coisa que resta é mesmo esperar?

segunda-feira, 16 de abril de 2007

feeling good

E para não dizerem que eu não sou amiga, aqui fica uma das músicas...

À partes


Há momentos em que escolhemos determinadas músicas da longa lista apresentada no pc sem saber bem a razão. Foi o que me aconteceu hoje: decidi (inconscientemente) inundar-me pela voz profunda aveludada e algo amarrotada de Nina Simone.

É difícil explicar o que acontece quando ouvimos jazz ou blues (isto para quem gosta, é claro). A sensação de ter a alma suspensa algures, e de ser levada numa estranha dança de vidas, de passado; imagens de campos de flores; o cheiro a terra quente, a verão; a brisa que toca a pele quando andamos de bicicleta; o conforto de um abraço que não sabemos bem de onde vem...

Enfim... A vida pode ser muito mais que os sentidos, mas quem deles se esquece em cada dia, fica certamente mais pobre...

sábado, 14 de abril de 2007

SORROCO


Há dias em que acho que teria jeito para detective... Sem muito esforço consigo encontrar a informação que andava à procura, quase do anda. Mas mais valia que não o fizesse.

"Não faças perguntas para as quais não queres saber a resposta.", disse-me um dia um actual "X-B" (AKA ex-gajo). Cada vez mais começo a achar que o tipo tinha razão. Ele e a Alanis Morissette com um dos hits do seu primeiro albúm, a música "Ironic".

Sim, talvez não estivesse a passar por este suplício interno se não tivesse dado asas à minha curiosidade, mas... Seria preferível o doce sabor da ignorância? Não faço a mínima...

Fica, no entanto, a nota: quando acharem que algo ou alguém é demasiado bom para estar a acontecer, pensei sempre na hipótese de haver algum defeito escondido ou da pessoa ser "propriedade" efectiva de alguém com mais sorte que vocês...
P.S. - Obrigada Homer por traduzires o meu estado de espírito. Valeu, heim...

sexta-feira, 13 de abril de 2007

O Ataque das Broas Assassinas


Está provado pela santa experiência que as dietas são o terror de qualquer mulher que se prese. Aliás, mulher que é mulher vive insatisfeita com o seu peso, as formas corporais, a celulite, as estrias, a "tipa-da-revista-que-é-podre-de-boa-que-só-m'apetecesse-desfazê-la-à-unhada", e uma outra data de coisas mais ou menos relevantes consoante a cabeça feminina. Para mal da minha sanidade mental e equilíbrio pacífico com a humanidade e arredores, faço parte desse (não) restrito grupo de personalidades femininas.
Não sou nenhuma monstra, é certo. Mas digamos que ainda não morro de amores pela actual embalagem do produto "Euzinha". Digo ainda porque faço intenção de mudar o estado actual das coisas... Sim, ainda vou ser grande... quer dizer, pequena, que o que interessa é o tamanho da roupa e não a grandiosidade do acto que estava a tentar descrever.

Continuando...

Acontece que ontem a minha querida tia Quinhas resolveu preparar algo que me desviou do meu caminho e propósito: BROAS DOCES. Enquanto guiava da casa dela à minha, o cheiro doce e pungente das ditas cujas atacava-me o bulbo olfactivo sem dó nem piedade... Sentia-me derrotada face à perspectiva de tão saboroso manjar. Confesso, caí em tentação e não lhes resisti. Claro que se disser "Foi a última vez, agora é que vai for: nem uma colher de açúcar para mim!" a maior parte de vós não acreditará. Nem sei bem se eu mesma acredito... =S

De qualquer forma, o que tem de ser tem muita força, há que caminhar para a frente, e eu não estou a dizer coisas com muito nexo... Mas pronto, darei o meu melhor para acabar com esta penúria de espelhos e lojas de roupa sem coisa de jeito para o meu formato corporal sui-generis.

Enfim... a ver vamos e "nos entretantos" ponho-vos ao corrente desta história de sangue, suor e gordura nas coxas...